Alunos são tutores dos próprios
colegas
Quando
o assunto é difícil, só a explicação do professor não basta , vale recorrer ao colega para uma mão amiga. A
tradicional cooperação entre alunos se tornou parte da grade curricular de
alguns colégios privados, que montaram projetos em que o estudante é tutor do
próprio colega. Essa troca de informações, ajudam no aprendizado e na conquista
de autoestima dos jovens.
O
trabalho com alunos tutores, com os ensinos
fundamental 2 e médio é uma das vantagens, como a explicação do conteúdo com uma linguagem
mais próxima e exemplos próprios ao universo do adolescente.
O
jeito que os colegas ensinam dá mais confiança para aquele aluno com dificuldades. Quem é supervisionado em uma disciplina pode
orientar o amigo em outra. Quem tem menos intimidade com os números, mas se dá
bem em História, pode ajudar aos outros. Além de contribuir com os colegas na
matéria, a via de mão dupla melhora o convívio dos colegas em sala de aulas. Como
tutor e tutorado, se faz amizade, e se fortalece os vínculos, a melhora de autoestima
e a aproximação entre os estudantes são
méritos para o projeto.
Os
alunos agendam suas aulas e trocam
informações pelo Whats App, e as aulas também servem para troca de dicas. Em São
Paulo existe a experiência dos minitutores. A proposta vai além do reforço no
conteúdo. Ajuda também a criar competências socioemocionais, como respeito e
cooperação mútua, entre os alunos e com o professor.
De
acordo com especialistas, transformar o aluno em tutor é produtivo porque cria
novas situações de aprendizagem. É importante alternar papéis: ora está aprendendo,
ora está ensinando.
A
tutoria deve funcionar como uma estratégia de ensino personalizado, sem receita
única de estudos, não pode ser um modismo. É preciso trabalhar a forma como
cada criança aprende melhor. O que não
se pode é criar, uma situação de dependência. "Deve-se sempre incentivar a
autonomia do aluno."
FONTE:
Jornal O Estado de S. Paulo.
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