Quem gosta de criticar, deve fazer melhor!!
Muitas atitudes da atualidade me revoltam, às
vezes a falta de escrúpulo de alguns,
que tentam achar que somos bobos ou que
não temos memória!
Querem
amordaçar a nossa língua ou amaciar a nossa memória, achando que tudo que se é
dito é engolido e aceito como a pura verdade dos fatos. Seja ao emitir uma
simples opinião, noticiar um fato, ou mesmo quando ouvimos uma boa música com
senso crítico.
Mas hoje em dia, as nossas vozes estão
sendo sufocadas, algumas são caladas à força dos que fazem do besteirol um
sucesso estridente, como alguns hits
do momento como o “Lek, lek, .. Ela não anda, ela desfila.... e
outros nem tanto atuais como Melô da Mulher Maravilha”.... e similares .
As festas
oferecidas aos jovens trazem seu caráter
alienante de esquecer as dificuldades do dia-a-dia. Gonzaguinha, ele mesmo, um
grande poeta fez uma crítica a esse tipo de postura. “Você deve lutar pela
xepa da feira; e dizer que está recompensado… Você merece, você merece; Tudo
vai bem, tudo legal; Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé; Se acabarem com teu
Carnaval?” Nós, brasileiros gostamos de festas e na
nossa cultura nada contra isto.
Nos conta a história que os imperadores
romanos administravam as massas com o modelo “pão e circo”. Aí vemos o pão e o entretenimento para acalmar as
massas.
A
minoria do povo naquela época não era controlada e hoje também isto se enquadra perfeitamente a quem se posiciona,
a quem opina, a quem de certa forma sabe o que quer, não se deixa levar, não é
controlado.
Lá, estavam persistindo pela disputa de
poder , pelas conspirações e traições palacianas que abriam um espaço enorme de
corrupção no governo, onde hoje também não é muito diferente. Você, acredito que já pensou sobre isto seriamente
nem que seja uma vez refletiu sobre isto, ou quem sabe já leu sobre isto:
“O
que mais precisam? Tendo isso, eles não querem mais nada. Não têm perspectiva,
não têm objetivos grandiosos. Querem só comer e se divertir. Assim cresceu o
Império Romano e assim segue algumas oligarquias aqui nas “Terras de Rondon”.
Triste pensar
que nos reduzem a nada, e que algumas vezes somos sujeitos a ouvir e a ter que
aturar que o povo não tem memória!
O
governo era assim na Roma Antiga e assim caminha grande parte da a humanidade
hoje, como a música de Lulu Santos. O importante é manter o povo calado e
contente com a esmola que recebe. Não temos mais anfiteatros para peças e lutas
de gladiadores sendo construídos. Hoje é carnaval, festas fora de época, é
festa de todo tipo, o pão, o peixe, a farinha, sendo distribuídos com gesto de
grande “generosidade”e “solidariedade”.
Hoje é a seca imperando e os governos
distribuindo míseras cestas básicas que não resolvem problema nenhum, apenas
amenizam, enquanto isso se preparam para os grandes eventos como São João, São Pedro, Copa.
Os carros pipas, estes não param, não só na nossa cidade, mas onde impera a
seca neste grande nordeste, neste sofrido sertão.
Pão
e circo. Educação não. Saúde não. Educação é prejudicial. Saúde é luxo. Barriga
cheia hoje, amanhã corre - se atrás para garantir o resto da semana. Promessas
de dias melhores, só isso.
Povo dependente é coisa boa, são cabrestos
que nunca se soltam. São presas fáceis, devem favor! Educar o povo é abrir seus
olhos para a escravidão que nos rodeia, onde a minoria que compreende e é esmagada
por um exército de pobres que continuam sorrindo com um pão sujo nas mãos, um
peixe em dias de ser consumido, um circo armado, muitos confetes, serpentinas,
muito som, muita propaganda. E então, é bem melhor fazer a festa da Copa, preparar
o país, esconder nossas mazelas e ver o povo sorrir feliz, nem que seja por um
mês, uns quinze dias, ou uma semana de São João, de São Pedro, esse é o nosso
caviar, deliciar-se pode, agora e visão
de mundo, não pode ter, nenhuma !! Então quem muito critica, não deve apoiar,
deve se revoltar, deve lutar para que as massas se acordem, se despertem, pois
quem muito critica, com certeza deve fazer melhor e o “melhor” é a qualidade de
vida da população! Jamais se conformar com o continuísmos, com as mesmices, do
pão, do circo e da mediocridade!